Ferramentas de People Analytics aplicadas a times de TI: decisões baseadas em dados para retenção e performance

 October 28, 2025

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Introdução

O desafio de reter talentos de tecnologia nunca foi tão grande. Em um mercado competitivo, compreender o que motiva, engaja e mantém uma equipe de TI produtiva vai muito além de boas políticas de benefícios , requer decisões baseadas em dados reais sobre pessoas e performance.


É aqui que o People Analytics se consolida como uma ferramenta estratégica: uma forma de transformar dados em insights que ajudam líderes e RHs a entender o comportamento dos times, prever movimentos de saída e fortalecer a cultura de alta performance.


Neste artigo, exploramos como aplicar métricas e ferramentas de People Analytics para impulsionar produtividade, clima organizacional e retenção em times de TI — com foco prático, data driven e resultados reais.

O que é People Analytics e por que ele é essencial para TI?

People Analytics é o uso de dados, métricas e modelos estatísticos para apoiar decisões sobre pessoas, desde recrutamento e desenvolvimento até engajamento e retenção.

Em times de TI, essa abordagem se torna essencial por três motivos principais:


  1. Alta rotatividade :O turnover médio em tecnologia é um dos mais altos do mercado, chegando a 13% ao ano, segundo dados da LinkedIn Talent Trends.

  2. Escassez de talentos qualificados: As empresas disputam os mesmos perfis, o que torna caro e demorado substituir uma pessoa.

  3. Cultura orientada a performance: Times de tecnologia trabalham sob forte pressão por resultados e inovação, exigindo métricas precisas de produtividade e clima.

Principais métricas de People Analytics para times de TI

As métricas de People Analytics podem variar conforme o tamanho da empresa e a maturidade dos processos, mas algumas são fundamentais para qualquer equipe técnica:

1. Taxa de retenção e rotatividade

Indicador central para medir estabilidade e satisfação. Acompanhar a rotatividade ajuda a identificar padrões: quais times sofrem mais desligamentos, em que momento do ciclo de trabalho e quais fatores antecedem a saída.


2. Produtividade e performance

Ferramentas de gestão de projetos (como Jira, Trello ou ClickUp) podem gerar dados valiosos sobre velocidade de entrega, tempo médio de execução de tarefas e número de incidentes.

Essas métricas, combinadas com avaliações qualitativas, ajudam a entender como o time entrega valor e não apenas volume de tarefas.


3. Clima e engajamento

Pesquisas internas de pulso, NPS interno e feedbacks contínuos mostram a percepção das pessoas sobre liderança, propósito e equilíbrio.
Combinados a dados de performance, revelam a relação direta entre engajamento e resultados.

4. Custo de turnover

Mensurar o custo de substituição (tempo, onboarding e perda de produtividade) demonstra o impacto financeiro de não reter talentos e ajuda a justificar investimentos em cultura e desenvolvimento.

Ferramentas de People Analytics aplicáveis à TI

Hoje, há uma variedade de soluções, algumas integradas a ERPs, outras específicas para gestão de times de tecnologia.


Exemplos práticos de aplicação:

  • Power BI ou Tableau: para construir dashboards com KPIs de engajamento, produtividade e turnover.

  • Google Workspace Analytics ou Jira Insights: para mapear padrões de comunicação e colaboração.

  • Peakon ou Culture Amp: para análises de clima e sentimento em tempo real.

  • Workday ou Gupy Analytics: para cruzar dados de recrutamento e performance pós-contratação.

💬 Insight: A integração de diferentes bases (recrutamento, projetos, feedbacks e tempo de permanência) é o que realmente gera uma visão holística da jornada da pessoa colaboradora.

Como aplicar People Analytics na prática

1. Defina objetivos claros

Comece com perguntas estratégicas: “O que queremos entender?”, “Qual problema de pessoas estamos tentando resolver?”.
Exemplo: aumentar a retenção de desenvolvedores seniores em 20% no próximo ano.


2. Centralize e trate os dados

Crie uma base única com informações de performance, engajamento e tempo de casa. A confiabilidade dos dados é o pilar do processo.


3. Crie indicadores e dashboards

Escolha KPIs que traduzam o que mais impacta o negócio. Acompanhe-os em tempo real e promova revisões trimestrais com liderança e RH.


4. Tome decisões baseadas em evidências

Use os insights para revisar políticas de benefícios, planos de carreira ou a forma de conduzir projetos.
A decisão deve sempre partir de dados, não de percepções isoladas.


5. Mantenha ética e transparência

A análise de dados de pessoas exige sigilo, responsabilidade e comunicação clara. Explique o propósito das análises e garanta anonimato quando necessário

People Analytics e retenção: o diferencial competitivo das empresas de tecnologia

Empresas que adotam People Analytics não apenas retêm mais talentos, mas também aumentam a performance e a satisfação geral dos times.


Segundo estudo da Deloitte (2024), organizações que utilizam analytics para decisões de RH têm 80% mais chances de melhorar engajamento e reduzem em até 50% o turnover.



Quando aplicado corretamente, o People Analytics transforma o RH em uma área estratégica, preditiva e essencial para o crescimento sustentável da tecnologia.

Conclusão

A era do RH data driven chegou para ficar, especialmente na tecnologia. Entender o comportamento das pessoas e os fatores que influenciam sua motivação e performance é o que diferencia empresas comuns de times de alta performance.

Na Sioux, acreditamos que decisões baseadas em dados fortalecem a cultura, melhoram a experiência das pessoas e aumentam o impacto dos negócios.


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