O futuro do outsourcing de TI: squads globais, IA e novos modelos de trabalho

 September 11, 2025

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Introdução

Imagine o seguinte cenário: sua empresa precisa lançar uma nova solução digital em apenas três meses. A equipe interna já está no limite, o processo de contratação tradicional levaria de 60 a 90 dias e o risco de atrasar o projeto é real.


Agora pense em contar com um squad já pronto, formado por profissionais experientes, escolhidos com base em fit cultural e competências técnicas, que pode começar a entregar valor em poucas semanas.


Esse é o futuro do outsourcing de TI e ele já está acontecendo.

Como chegamos até aqui?

O outsourcing nasceu, no início dos anos 2000, como uma estratégia para reduzir custos. Era visto quase como uma “terceirização de suporte”, sem espaço estratégico.


Com o tempo, a escassez de talentos e a pressão por inovação mudaram o jogo. Empresas perceberam que terceirizar não era apenas economizar, mas formar squads especializados, acelerar entregas e reduzir riscos de turnover.



Hoje, em plena era do trabalho remoto e da inteligência artificial, entramos em uma nova fase, em que outsourcing deixa de ser tático e passa a ser pilar estratégico de crescimento.

Quais forças estão moldando o futuro do outsourcing?

1. Squads globais

Profissionais de diferentes países atuando em conjunto, sem barreiras geográficas.

  • Mais acesso a talentos: em vez de depender só do mercado local, squads globais permitem buscar especialistas em várias regiões do mundo, ampliando o acesso a profissionais qualificados que muitas vezes são escassos em um único país.

  • Trabalho em continuidade: com equipes em diferentes fusos horários, os projetos avançam quase 24 horas por dia. Enquanto um time encerra o expediente, outro está apenas começando.

Segundo a McKinsey, empresas com equipes diversas têm 36% mais chances de superar concorrentes em lucratividade.


2. Inteligência Artificial no recrutamento

A seleção de talentos está ficando mais rápida e precisa com apoio da tecnologia.

  • Triagem inteligente: a IA analisa currículos em minutos e identifica os candidatos mais aderentes às vagas.

  • Soft skills mapeadas: entrevistas gravadas podem ser avaliadas por algoritmos que ajudam a identificar comportamentos e competências.

  • Previsão de fit cultural: modelos preditivos permitem entender não só quem é bom tecnicamente, mas quem tem mais chances de se adaptar e permanecer no time.

⚠️ Mas vale lembrar: a IA acelera, o olhar humano garante diversidade e evita vieses.


3. Contratos flexíveis

O modelo sob demanda já é uma das grandes mudanças no outsourcing.


  • Times ajustáveis: a empresa pode montar ou reduzir squads de acordo com cada fase do projeto.

  • Redução de custos fixos: em vez de manter equipes grandes o tempo todo, é possível contratar apenas pelo período necessário, aliviando a folha.

  • Mais previsibilidade: a flexibilidade traz maior controle sobre orçamento e prazos, sem perder a qualidade da entrega.

O que antes era “terceirizar tarefas” agora é criar elasticidade estratégica para inovar sem engessar a operação.

Como evoluímos até aqui?

🔹 2000–2010: o outsourcing como redução de custos
Nos anos 2000, o outsourcing de TI era visto principalmente como forma de economizar. Grandes empresas transferiam atividades de suporte e backoffice para destinos como Índia e Filipinas, que se consolidaram como líderes globais nesse setor.


Um relatório da USITC mostrava que companhias americanas respondiam por cerca de 70% do mercado mundial de offshoring, tendo a Índia como principal destino de BPO e TI. Ao mesmo tempo, o governo filipino registrava o avanço do país como hub de serviços de TI e contact centers.


🔹 2010–2020: o salto para eficiência e especialização
Com a digitalização acelerada e a escassez de talentos, o outsourcing deixou de ser apenas redução de custos e passou a ser usado como forma de
ganhar agilidade, expertise e reduzir riscos de turnover.


Pesquisas da Deloitte mostraram que, nessa década, as prioridades das empresas migraram da economia para a transformação e a velocidade, com outsourcing assumindo um papel mais estratégico.


🔹 2020–2025: a era do remoto e dos times globais
A pandemia de Covid-19 consolidou o trabalho remoto e híbrido como padrão. Um estudo da
McKinsey analisando mais de 2.000 atividades em 800 ocupações concluiu que o trabalho à distância deve persistir mesmo após a crise sanitária, especialmente em funções digitais.


Esse cenário abriu espaço para squads distribuídos globalmente, com diversidade cultural e, em muitos casos, continuidade quase 24/7 em projetos críticos. Relatórios de mercado, como o ISG Index, confirmam que a demanda por outsourcing se manteve estável ou crescente, com destaque para modelos “follow-the-sun” que utilizam fusos horários diferentes como vantagem.


🔹 2026 em diante: inteligência e flexibilidade
O futuro do outsourcing já se desenha com o uso de
inteligência artificial no recrutamento e na gestão de talentos, contratos mais flexíveis e squads multiculturais sob demanda.


 A Deloitte (2024) reforça que as prioridades de sourcing estão mudando novamente, impulsionadas pela tecnologia e pelas novas formas de trabalho. Na Índia, por exemplo, os Global Capability Centers (GCCs) devem crescer de US$ 64,6 bilhões em 2024 para até US$ 105 bilhões em 2030, segundo estudo da Nasscom & Zinnov divulgado pela Reuters, mostrando como os hubs de outsourcing estão evoluindo de suporte operacional para plataformas estratégicas de inovação.

Qual o papel do RH nessa transformação?

O RH assume protagonismo. Já não basta apenas contratar. É preciso orquestrar parcerias estratégicas de outsourcing que:

  • Fortaleçam a cultura.
  • Garantam inovação contínua.
  • Criem ambientes colaborativos para times distribuídos.

Habilidades críticas para esse novo RH:

  • Gestão de squads remotos.
  • Monitoramento de KPIs digitais de performance e engajamento.
  • Criação de programas de cultura e integração para equipes multiculturais.

O que vem a seguir?

O outsourcing está deixando de ser apenas uma escolha operacional. Ele já é um pilar estratégico das empresas de tecnologia. As organizações que entenderem isso primeiro terão vantagem competitiva em velocidade, inovação e retenção de talentos.

Como resume o Gartner: “Empresas que integram outsourcing estratégico com IA e squads distribuídos estarão 40% à frente em capacidade de entrega digital até 2027.”

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Como a Sioux pode ajudar?

Na Sioux, acreditamos que outsourcing não é sobre terceirizar, é sobre fazer junto.

Há mais de 20 anos, ajudamos empresas a formar squads de TI completos, com fit cultural, agilidade e flexibilidade para qualquer desafio.



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