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Vieses inconscientes são percepções que podem prejudicar o recrutamento e seleção de uma empresa, evitando com que profissionais qualificados sejam contratados devido visões equivocadas e preconcebidas dos recrutadores sobre determinados grupos sociais e indivíduos, mesmo que de forma não intencional.
Não deixe os vieses inconscientes impedirem sua organização de contar com verdadeiros talentos: saiba o que é e como reduzir essas percepções falhas nos processos seletivos do seu negócio!
Todo recrutador deve estar preparado para avaliar os candidatos com rigor, verificando quais estão alinhados ao perfil profissional e comportamental que a função e a empresa precisam. Porém, ele também deve se preocupar em fazer a seleção com transparência e justiça, evitando noções precipitadas que prejudiquem sua decisão.
Algo que pode interferir negativamente nesse processo são os vieses inconscientes que os recrutadores tenham. Em resumo, eles são visões equivocadas a respeito de determinado grupo social, indivíduos ou até de ideias e que acabam influenciando o comportamento dos profissionais de RH e resultando em decisões incorretas no processo.
Normalmente essas percepções são resultado de estereótipos, preconceitos e visões tendenciosas, muitas vezes propagadas por diversos atores e meios na sociedade, que vão generalizar os indivíduos e avaliá-los de forma equivocada e injusta. E esse imaginário acaba sendo realizado de forma automática e não intencional, ou seja, mesmo que a pessoa não tenha ciência do seu olhar viciado.
Assim, por conta desses vieses inconscientes, muitos candidatos qualificados, e que seriam ótimos para a equipe e empresa, deixam de ser contratados devido a visões equivocadas dos recrutadores. Ou então o contrário acontece: profissionais que não se encaixam verdadeiramente na oportunidade são favorecidos por essas ideias subjetivas.
Os vieses inconscientes acabam se materializando de diversas maneiras nas pessoas. É possível até mesmo categorizar essas visões em tipos:
Ele acontece quando a pessoa tem contato com alguém na qual compartilha diversas semelhanças — características, personalidade, gostos, vivências, ideais… É normal que nos aproximemos de quem nos é semelhante, em diferentes contextos, porém, o problema desse tipo de viés é acabar privilegiando profissionais apenas por essa ligação e não por suas competências e qualidades.
Dessa forma, pode-se acabar contratando funcionários que não vão desempenhar suas funções como deveriam, prejudicando assim a dinâmica da equipe.
É mais confortável manter qualquer processo do jeito que está, adotando a mesma metodologia de sempre. Porém, manter o status quo e não pensar em formas de inovar ou aprimorar o recrutamento e seleção pode acarretar na contratação do mesmo perfil de profissionais e em continuar tendo os resultados atuais, sem melhoras.
Esse tipo de viés reduz a diversidade na equipe e as chances de trazer talentos que contribuirão com novas ideias para a empresa.
Ocorre quando a percepção das pessoas é baseada em generalizações, que nem sempre têm algum grau de fidelidade à realidade. Essa ideia equivocada é aplicada especialmente a indivíduos e grupos sociais, que muitas vezes sofrem com certos estigmas.
Quantas vagas de empresa você já viu que um dos requisitos era ser homem? Ou então que havia uma idade limite para os candidatos? Todas essas restrições se baseiam em visões estereotipadas, evitando assim analisar as competências dos profissionais de forma justa.
Há um tipo de viés que aprofunda a questão anterior: quantas profissionais mulheres não são contratadas por serem mães? É papel do recrutador alinhar com o dono da vaga a equiparação salarial independente do gênero.
Novamente, com este viés, a empresa acaba perdendo a oportunidade de contar com talentos em sua equipe devido à ideias falhas e estereotipadas a respeito de determinados perfis de pessoas.
As pessoas julgam umas as outras pela aparência todos os dias. Mas, não é a vestimenta que determina a competência de um profissional. Mesmo sem a intenção, alguns talentos acabam sendo ignorados ou depreciados por não se encaixarem em determinados padrões físicos ou de apresentação pessoal.
Esse tipo é um dos mais complexos de ser resolvido: ele ocorre quando alguém busca e analisa informações diversas de modo a tendenciá-las a confirmar suas ideias preconcebidas.
Um exemplo dessa situação é um recrutador não “ir com a cara” de um candidato e analisar qualquer fala e ação desse profissional como algo que comprove sua opinião negativa — e tudo que fuja a este quadro é ignorado. Assim, mesmo que sua visão seja completamente equivocada, sua percepção irá somente acolher informações que as reforcem e não as contraditórias.
Todas essas ideias precipitadas acabam influenciando diretamente na dinâmica das equipes. Em vez de valorizar as competências reais dos profissionais e até mesmo as contribuições que visões diferentes podem trazer, os vieses inconscientes generalizam e podam os talentos da empresa.
Nesse sentido, essas percepções errôneas reduzem os benefícios que abraçar a diversidade oferecem às organizações: primeiramente por criar uma barreira nos processo de recrutamento e seleção e, mais tarde, ao não estimular e aproveitar o melhor desses profissionais.
No fim, todas as pessoas carregam ideias preconcebidas, estereótipos e visões a respeito de uma série de assuntos e contextos, muitos inclusive, reforçados por círculos sociais e até mesmo na mídia de forma geral desde o nosso primeiro dia de vida.
É importante que todos façam uma autoavaliação sobre as percepções e opiniões a respeito de vários grupos sociais e ideias para identificar visões falhas e estereotipadas que estejam internalizadas. A partir dessa reflexão, é possível começar a trabalhar para mudar essas noções e ter um entendimento mais justo e imparcial das pessoas.
Ter consciência é o primeiro passo, mas algumas organizações vão além e investem em soluções e metodologias para tornar o processo seletivo mais justo e efetivo. Algumas adotam opções como o recrutamento às cegas para reduzir o impacto subjetivo do RH no processo, enquanto outras promovem vagas afirmativas para aumentar a diversidade e inclusão nas equipes.
Mas, também é possível contar com profissionais qualificados para fazer o recrutamento e seleção usando as técnicas e metodologias mais eficientes, trazendo verdadeiros talentos para a equipe e com um olhar menos viciado no processo — essa é uma das vantagens de se terceirizar o RH.
Essa solução ajuda a tornar a área de recursos humanos mais estratégica, justamente ao ter uma parceira especializada atendendo todas as demandas do setor com competência.
Descubra
como otimizar o RH da sua empresa com a terceirização e fortaleça a gestão de pessoas do seu negócio!
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