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Como usar a ética profissional no processo de seleção

 Apr 13, 2023

min. de leitura

Ter ética profissional no processo de seleção é fundamental para se ter uma ação eficiente, credível e positiva para a empresa. Avaliar os candidatos de forma justa é benéfico tanto para os profissionais quanto para a organização — por isso, o RH deve implantar estratégias para garantir essa boa conduta. 

Precisa aprimorar os processos de recrutamento e seleção na empresa? Confira como assegurar o cumprimento da ética profissional nessa dinâmica e encontre verdadeiros talentos para seu negócio!

O que é Ética Profissional e por que é importante no processo de seleção?

Todo profissional deve seguir uma série de regras e normas de conduta consideradas adequadas para o ambiente de trabalho — são elas que garantem que a lei será cumprida e até mesmo que a dinâmica interna será positiva para todos. 

Assim como qualquer colaborador na organização, os funcionários do RH também devem seguir essas normas, ou seja, a ética profissional de sua função. Esse conjunto de regras permite com que os trabalhadores tenham noção dos limites de sua atuação, além de alinhar as suas expectativas e as da companhia. 

Ter ética profissional no processo de seleção é importante para promover uma ação eficiente, confiável e saudável para todos os envolvidos, garantindo com que as pessoas mais adequadas ao cargo e para a empresa sejam contratadas e que todos os candidatos tenham um tratamento justo. 

Alguns exemplos de ações contrárias à ética profissional no processo de seleção são:

  • Omitir informações importantes a respeito do processo seletivo para os candidatos, conduzindo-os a tomarem decisões equivocadas e até prejudiciais a si;
  • Avaliar os candidatos de acordo com suas convicções pessoais, mesmo que não intencionalmente;
  • Favorecer um candidato em detrimento dos outros, mesmo que não intencionalmente;
  • Acessar dados sensíveis dos candidatos sem seu consentimento e usá-los de forma discriminatória no processo seletivo;
  • Realizar perguntas consideradas constrangedoras ou desnecessárias;
  • Divulgar informações pessoais e confidenciais dos candidatos e profissionais a terceiros sem a sua permissão;
  • Não respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no processo e depois do seu encerramento;
  • Não comunicar os candidatos a respeito de seu progresso ou término no processo seletivo;
  • Não comunicar os candidatos a respeito do encerramento, suspensão ou outras situações adversas no processo seletivo;
  • Utilizar métodos inadequados ou ética e moralmente questionáveis na avaliação dos candidatos.  

Esse cuidado deve ser tomado também para evitar problemas mais tarde, inclusive judiciais. Por isso, é imprescindível contar com profissionais de RH que sigam essas normas e investir em treinamentos corporativos para assegurar sua boa conduta no dia a dia, em especial no recrutamento e seleção na companhia. 

Como garantir a legalidade e a equidade no processo de seleção

Primeiramente, é fundamental conhecer a legislação em seus detalhes para evitar qualquer equívoco tanto no processo de recrutamento e seleção quanto na própria contratação e cotidiano do novo colaborador. Mas, essa operação não é guiada apenas pela lei: há condutas que devem ser seguidas para garantir a lisura e equidade nessa ação.

Logo no início é indicado definir todas as questões referentes a vaga: perfil profissional e pessoal/comportamental; formação e experiências necessárias; requerimentos extras; jornada de trabalho; remuneração e benefícios; possibilidades de carreira; função e expectativas, entre outros detalhes essenciais. Isso ajuda a estabelecer os critérios para a seleção e reduz a chance de privilegiar profissionais que acabem não se encaixando nesses parâmetros.

Essas informações devem ser divulgadas para os candidatos de forma clara e objetiva, sem omissões ou equívocos, para evitar frustrações mais tarde. Esse tipo de descuido prejudica a imagem da companhia entre os profissionais da área e, em larga escala, no seu segmento de mercado. 

Existem empresas que investem em ferramentas e estratégias, como o recrutamento às cegas, por exemplo, que tenham o objetivo de tornar mais objetiva a triagem de currículos e candidatos. Isso contribui para reduzir a influência da subjetividade dos recrutadores na operação, que pode acabar valorizando um profissional em detrimento a outro por conta de critérios questionáveis. 

Prezar pela ética profissional no recrutamento e seleção é mais do que seguir um guia de “boas maneiras”, mas sim um código de conduta que garante a própria eficiência do processo, além de proteger a empresa de problemas legais. 

Como evitar julgamentos e preconceitos no processo de seleção

Também é importante evitar avaliar os candidatos com julgamentos ou ideias preconcebidas, aplicando critérios pessoais que acabem discriminando os profissionais. Esse tipo de situação é tão séria que é previsto em lei sanções nos casos em que há comprovadamente discriminação no processo seletivo. 

Essa questão não é válida para as chamadas ações afirmativas — como vagas destinadas a pessoas negras ou trans e travestis, por exemplo —, se os critérios e intenções forem divulgados de forma clara durante o recrutamento e seleção. A própria legislação prevê cotas para pessoas com deficiência como ação concreta para valorizar esse grupo no mercado de trabalho, entendendo que há uma discriminação social que dificulta o seu acesso à vida profissional. Investir na diversidade durante o recrutamento não é um problema para as empresas.  

No fim das contas, para se evitar situações negativas é importante analisar cada etapa do processo e até mesmo incentivar com que os recrutadores façam uma autoavaliação para identificar ideias preconcebidas pessoais que possam influenciar a operação e seus resultados.  

Mesmo detalhes simples e que são praticados no dia a dia podem favorecer um candidato em detrimento de outro, como valorizar a formação em determinada instituição ou em favor de alguém que não tenha filhos, por exemplo.

No caso das entrevistas, há uma particularidade: é fundamental definir perguntas assertivas para se extrair informações que sejam diretamente pertinentes à função e dinâmica da empresa. Algumas perguntas podem ser consideradas constrangedoras ou desnecessárias, dando abertura para suspeitas de discriminação de candidatos — por isso, deve-se ter cuidado na fabulação das questões para evitar este tipo de situação. 

A escolha final também deve ser feita de forma mais consciente o possível, avaliando honestamente o candidato e o seu alinhamento com o que a empresa, departamento e função precisam naquele momento. 

Como implementar e monitorar a Ética Profissional no processo de seleção

Ter um código de ética profissional próprio da empresa e do setor pode ser uma excelente maneira de se estipular normas, metas e preceitos para a atividade do RH. Esse documento deve ser elaborado levando em consideração a legislação, as boas práticas da área e até mesmo as particularidades do segmento da organização e das oportunidades disponíveis. 

Definir parâmetros e métricas para o processo seletivo e para a gestão de pessoas no geral também é uma atitude benéfica para os resultados do setor. Uma dica especial é monitorar as redes sociais e plataformas em que a companhia tenha um perfil, e até ouvir feedback dos candidatos, para identificar problemas e lacunas na operação como um todo. 

Contar com uma empresa parceira para fazer o recrutamento e seleção é uma alternativa para realizar esse processo com maior eficiência, evitando dores de cabeça e problemas legais. Essas organizações têm expertise para avaliar o currículo, experiências e perfil comportamental dos candidatos, respeitando a legislação e os preceitos éticos e morais — e encontrando os verdadeiros talentos para sua equipe.

Descubra porque contratar uma empresa de recrutamento e seleção é uma ótima ideia para seu negócio!

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