April 26, 2023
Quando pensamos em SEO, logo nos deparamos com mudanças tão rápidas e sutis que é necessário muita atenção e dinamismo para acompanhá-las. É uma configuração que muda aqui, outra regra ali, e, quando percebemos, nossas estratégias precisam ser recalculadas para atender às necessidades de performance em um mercado cada vez mais disputado.
O segredo para a vantagem competitiva que você busca para o seu negócio pode estar em como você enxerga o papel do SEO e as suas nuances.
Muito mais do que trabalhar sobre um jogo de palavras-chave, é preciso olhar para o todo que compõe uma estratégia de SEO sólida e entender o motivador principal que nos leva a atingir bons resultados: o objetivo é estar na primeira página e, de preferência, à frente da concorrência. Após isso, com uma estratégia real de otimização de conteúdo visando à experiência do usuário, tentamos solidificar a permanência dele dentro da interface.
Esse pensamento deve conduzir as estratégias de SEO para 2023.
Na fusão entre o SEO e o UX, o foco deve ser 100% a experiência do usuário, ou seja, fazer com que a passagem na sua página seja memorável e disputar com o Google para que seu usuário encontre o que procura e não volte à página de pesquisa para seguir a busca.
E, acredite, às vezes você pode ter o que ele procura, mas uma otimização ruim pode afastar esse usuário da ação, da leitura ou da conversão.
Os dados são seus maiores aliados, portanto, analise, compare e descubra as forças e as lacunas da sua estratégia de SEO. O usuário está sendo conduzido pelas direções propostas e chegando onde você quer? A ação dos botões está clara? O conteúdo agrega valor? Fique atento a todos os indicadores, avalie e se adapte.
Em UX, temos alguns KPI’s que ajudam a mensurar a efetividade das estratégias aplicadas em uma página. Confira.
É a porcentagem que mede quantas vezes um usuário conseguiu completar uma tarefa dentro do seu site ou aplicativo. Um exemplo disso é o preenchimento de um formulário ou a finalização de uma compra. Para calcular, é preciso estabelecer uma taxa básica inicial para comparar posteriormente. Esse número não identifica os motivos que afetam a conclusão da tarefa, mas revela possíveis problemas que devem ser analisados mais a fundo.
Ao lado da porcentagem de conclusão de tarefas, o tempo gasto para realizá-las fornece dados importantes sobre a usabilidade. Se uma página demora para carregar ou se há ruído nas informações, esse número tende a subir, indicando uma interação problemática entre usuário e interface.
Quem não encontra o que está procurando ao ler uma página, pode acabar usando o buscador interno do site para chegar até o seu objetivo. Aqui temos uma métrica que aciona o alerta de uma possível falha na arquitetura das informações dispostas, embora não seja um indicador 100% confiável, pois esse comportamento costuma variar entre os usuários.
Metrifica quantos erros o usuário cometeu durante a navegação. Por erros, entendemos que sejam erros de digitação na busca ou na URL ou um clique errado em algum elemento indesejado na página.
Em 2023, quem não tiver um olhar estratégico para as métricas que conectam o SEO e o UX pode perder boas oportunidades de negócios.
Se por um lado uma loja pode fidelizar um cliente oferecendo bons serviços e preços, uma interface digital bem estruturada tem o poder de fidelizar com experiências positivas.
Esse é o principal papel do SEO Experience: a retenção de usuários. A relevância que fideliza e transforma uma visita em uma relação constante de troca de informações e audiência.
No fim, a compreensão de SEO não deve ficar restrita apenas aos profissionais que fazem a gestão das plataformas digitais. Do copywriter ao designer, do atendimento aos estrategistas, esse know-how precisa existir no DNA da sua agência como um todo. Apenas assim será possível preencher lacunas estratégicas que impactam negativamente os resultados de um cliente e a experiência do usuário.
Uma boa capacidade analítica deve entregar respostas relevantes sobre como fundamentar as estratégias de UX. Algumas métricas dizem muito mais do que as chances de o seu site estar bem posicionado no buscador do Google.
Se o tempo de permanência na sua página e a velocidade de carregamento estão baixos, o usuário pode não ter encontrado o que ele queria, seja pela falta do conteúdo, pela ausência do produto desejado ou pela dificuldade em navegar em uma interface confusa.
Um bounce rate elevado é outra métrica que requer atenção no SEO On Page.
A partir daí, as equipes de SEO, de design e de conteúdo precisam verificar quais são os fatores que estão impedindo a retenção de usuários.
Uma experiência de navegação ruim pode marcar de forma mais impactante do que uma boa experiência.
Por isso, atente-se aos elementos básicos que ajudam a construir uma boa estratégia de SEO On Page: verifique a formatação dos textos, as imagens, a construção de links e a estrutura geral do conteúdo na interface. Esses elementos podem não ser o principal indicador de permanência na página, pois existem outros fatores determinantes no comportamento do usuário, mas certamente fazem diferença nos resultados.
Sabe quando você pesquisa sobre um assunto e tudo o que encontra são variações produzidas com alguns elementos diferentes? O Google está atento a isso. Portanto, não tente enganá-lo com conteúdos espelhados de outros sites.
Na segunda metade de 2022, o Google lançou o “helpful content update”, que nada mais é do que uma atualização que visa entregar conteúdos originais, com mais relevância, impulsionando aqueles que são produzidos de “pessoas para pessoas”. Ainda é cedo para afirmar se é uma briga declarada contra os materiais gerados por Inteligência Artificial.
Entretanto, os robôs do Google são inteligentes. Eles sabem quando alguém tenta rankear uma página com métodos “trapaceiros”. Replicar páginas e permear seus textos com palavras-chave excessivas definitivamente não são as melhores estratégias para 2023.
Além dessa atualização, o GA4 (Google Analytics 4) vem para substituir a ferramenta de análise anterior adotada pelo Google. Se esse recurso foi projetado pensando no futuro, é com base nisso que devemos planejar as novas estratégias.
O GA4 funciona com um aprendizado de máquina avançado para gerar insights mais precisos, permitindo entender melhor a jornada do consumidor dentro de um site. Agora é um bom momento para rever estratégias de conteúdo, principalmente lidando com um consumidor muito mais exigente e, por vezes, imediatista. Sem muitas voltas, temos que dar a ele o que ele quer.
Ainda sobre Inteligência Artificial, o Bing Chat é uma nova versão do buscador da Microsoft, mais inteligente e capaz de selecionar conteúdos com base em cálculos focados em resultados mais otimizados, pensando, é claro, em respostas interativas. Cabe a nós, especialistas, descobrir como adaptar nossas estratégias de SEO para que estejam de acordo com as exigências dessa nova ferramenta.
No entanto, às vezes precisamos nos desprender um pouco desse olhar de especialista e voltar à condição de usuário. Afinal, é isso que nós somos, e, como tal, a empatia é uma soft skill indispensável para enxergar cenários por meio de uma perspectiva diferente.
Nós sabemos que você já navegou por interfaces que botaram em xeque sua paciência por diferentes motivos. A internet está cheia dessas páginas de empresas com pouca ou nenhuma estratégia, que usam artifícios simples e mecânicos para alcançar o usuário – mas esse é um tema para outro artigo.
Quem estiver atento às mudanças das plataformas de busca e acompanhar o modo como elas interferem na experiência do usuário, poderá adotar uma postura muito mais otimista em 2023.
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